Alguém que se sente sozinho, frio, amorfo e perdido quer agarrar a vida, num outro porto que não o de sua casa.

Encontra-te, de passagem, na vida ou num edifício.

E se forem estes os braços? Há tanto que não tenho um sopro quente de vales ou de terras, bem podes substituí-lo. Vou, até, fazer o meu melhor para te imaginar com as curvas, contra curvas e calor de lá de casa, lá de longe.

Ninguém te propõe que sejas um paliativo: dizem-te que serás sempre mais, serás tu mesma finalmente, com um lugar no mundo e valor próprios. Serás uma nova cidade, até.

Em Roma sê Romano, em amor sê… qualquer coisa, desde que pareças que vais ser adaptável aos costumes de quem te recebe, um pouco fascinado até e muito agradecido.

És, portanto, um vaso que vão tentando construir para uma raiz qualquer que perderam no fim dos tempos. És a cidade onde querem atracar, mas sem quererem construí-la, tão pouco.

 

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